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As informações desse livro são frutos de um projeto de pesquisa e extensão intitulado “Mapeamento participativo da condição das infâncias dos povos indígenas, quilombolas e ciganos de Belo Horizonte”. Esse projeto surgiu de uma iniciativa do gabinete da então vereadora Macaé Evaristo que, à época, aprovou uma emenda ao orçamento do município para uma investigação a ser realizada com as crianças indígenas, quilombolas e ciganas – de zero a doze anos incompletos – de distintas comunidades e grupos vulnerabilizados que moram na cidade de Belo Horizonte.
A pesquisa foi realizada entre os anos de 2022 e 2024 pelo grupo Territórios, Educação Integral e Cidadania (TEIA) da Faculdade de Educação da Minas Gerais (FaE/UFMG), sendo que o relatório final foi entregue a DPIR no segundo semestre de 2024, e o presente texto surge como uma estratégia de divulgação dos achados encontrados para as crianças que gentilmente compartilharam seu mundo conosco.
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Após a finalização do relatório, cresceu no meio dos pesquisadores a ideia de criar uma devolutiva que fosse rica não só para os adultos mas também para as crianças, que foram as protagonistas da pesquisa e precisam entender o que foi pesquisado.
O projeto gráfico desse livro foi pensado para ser um híbrido que equilibrasse a seriedade das informações e a ludicidade, com uma linguagem acessível e compatível com a infância, cumprindo o papel de comunicar visualmente às crianças sobre o material.
O caminho escolhido foi criar um sistema visual com formas geométricas e cores específicas para identificar cada povo. Meia lua e vermelho para as crianças quilombolas, losango e verde para as crianças indígenas e círculo e azul para as crianças ciganas. Cada forma conversa diretamente com o grafismo presente no universo visual de cada uma das comunidades e ajuda na navegação e reconhecimento de cada povo ao longo do livro.
Ao longo de todo o texto foram usadas figuras e infográficos que siplificassem e explicassem a os dados coletados de forma direta e clara.
Além disso ele foi impresso em um tamanho confortável de ser manuseado pelas crianças, todas as tipografia tem tamanho mínimo de 14 pontos e todos os textos foram adaptados para essa faixa etária específica.
Os desenhos das crianças também foram adicionados no livro, tanto para serem material de pesquisa e enriquecê-lo visualmente tanto para tornar as crianças ainda mais co-autoras da pesquisa.
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